domingo, 25 de julho de 2010

A teenage anarchist ?

"I was a teenage anarchist, looking for a revolution" (sap: "eu era um adolescente anarquista, procurando por uma revolução"), como diria a música I was a teenage anarchist - Agaist me. Uma música interessante, com uma letra mais ainda. E o mais interessante na letra inteira é o uso dos verbos no passado, "eu era", o que me deixa curiosa em saber o que ele é agora. Intrigante, mais não muito difícil de se supor.
Agora, imagino-o como mais um da parte madura da população, na moda, sem paixões e ambições a volta, perdendo o seu tempo com a boa educação. Fazendo parte de uma revolução, não a tão sonhada que ele procurava quando era um "adolescente anarquista", mais uma revolução obcecada na exploração, a revolução de negócios, mentindo, negando tudo a sua volta.
O que eu fico pensando e rindo comigo mesma é a sua cara, lendo esse papo de revolta mirim, imaginando onde eu quero chegar com esse texto de suposições, mas eu te digo: no colapso do século XXI.
Já me perguntaram por que, nos meus textos, pareço pegar no pé de pessoas que se encaixam nessa geração atual. Pois bem. Eu realmente tenho um problema com isso. Não com pessoas - até prefiro animais, mais gosto de pessoas sim, não sou nenhuma autista -, e, sim, com essa geração atual e seus "truques" de confiança. E quando me refiro a geração, não é única e exclusivamente em relação a pensamentos, e sim a atitudes. A política, a música, as idéias, as "criações", as pessoas, todos, foram perdidos ao final do século XX.
Agora vivemos numa só "geração unida". Todos se parecem tanto, que aquela ideia dos opostos se atraem se perde, já que não existem opostos. A famosa geração dos zeros. A tal geração caracterizada também por green day, na música 21st century breakdown quando canta: "My generation is zero, I never made it as a working class hero" (sap: "Minha geração é zero, Eu nunca me dei bem como um herói da classe trabalhadora"). E é bem isso mesmo. Pai importante? não. Mãe influente? não. Reconhecido nacionalmente? não. Prazer, você é conhecido agora como ninguém.
E não há conserto. A cada dia que passa, mais gente, cada vez mais perde a sua sanidade, perde o resto da sua mente.
A era da humilhação. Você é o que acham que você é, e não quem você realmente quer ser, logo, temos que ser como os outros querem que nós sejamos, ou então? PUF -> um L de looser (sap: perdedor) na testa e você para a parte cegada da cidade.
E daí que as pessoas se diferem. Estar nessa parte cegada não é ainda ser diferente. Diferente é você ser o primeiro a cair, e o último a correr. Em meio a desesperados no declínio, que acabam por aceitar e se unirem a parte cega e manipulada da sociedade, aqueles feitos de veneno e sangue conseguem fugir da condenação. Aqueles que tem o estilo e a ambição.
A era aonde aqueles querem controlar. É tudo tão proibido e frustrado, uma realidade relativamente chata. Todos prezam pela liberdade, a "liberdade para obedecer" nessa política muito conveniente. Tudo que se vê é ideologia sem derramamento de sangue.
Não entenda isso como se eu estivesse reclamando de pouca violência ou poucas pessoas prontas para colocar o mundo em fogo, entenda como uma metáfora para o "muito dizer e o pouco fazer". Somos todos hipócritas, sentados numa sala de espera, esperando o julgamento, com orgulho engolido, com uma fé engasgada, com um futuro já escolhido, perdidos e nunca encontrados, criados pelos bastardos do capitalismo, criados numa era de "heróis e malfeitores". Aliás, você acredita no que vê sobre seus heróis e malfeitores?
E eu fico aqui, esperando os conspiradores. Com idéias anarquistas, longe dessas de covarde liberal. Então, obrigada por nada, eu já ouvi isso antes.



ABOUT JU
Desculpa galera por ficar ausente tanto tempo, época de vestibular e depois eu fui fazer uma viagem. Mas vou tentar postar todo domingo como eu tava fazendo. Ah, antes de julgar qualquer coisa, tenta entender antes o que é ser anarquista e não considerar isso ao pé da letra, já devem saber que meus textos são baseados em metáfora. Enfim, para aqueles que entenderam e se identificaram, mais do que nunca, now it's our fucking time!

música da semana : I was a teenage anarchist - Agaist me!
livro da semana: O Ilusionista - Steven Millhauser

5 comentários:

  1. tu pega no pé de todo mundo, nao só nos textos HAHAH. baixarei a musica e voltarei no proximo domingo ;*

    ResponderExcluir
  2. UHDHUAUHHA Ju pega no pé de todos mais eu amo ela *-* de verdade, sem puxar saco! baixarei a musica +1 besos :*

    ResponderExcluir
  3. UHDHUAUHHA Ju pega no pé de todos mais eu amo ela *-* de verdade, sem puxar saco! baixarei a musica +1 besos :*
    adorei Ju *-*

    ResponderExcluir
  4. UHDHUAUHHA Ju pega no pé de todos mais eu amo ela *-* de verdade, sem puxar saco! baixarei a musica +1
    hahaha, ficou demais Ju.. e como eu já te disse, você escreve super bem :*

    ResponderExcluir
  5. E é exatamente por ela pegar no pé de todo mundo, que eu gosto dela! Haha, ela fala o que pensa e isso é ser o que ela quer. Tá pra nascer menina em pleno séxulo XXI como você Ju, sério! Haha, adorei o texto, adquiri como favorito! parabéns ju feia. <3

    ResponderExcluir